Denúncia aponta que empresa não tinha estrutura para fiscalizar os trabalhos. |
As obras dos cincos portos fluviais no Amazonas que tiveram que ser refeitos ou apresentaram problemas estruturais foram fiscalizadas por um órgão sem estrutura técnica. A denúncia, apresentada no último sábado pelo jornal “O Globo”, é feita há uma semana do retorno do senador Alfredo Nascimento ao Congresso.
Ele promete explicar no Senado o enriquecimento do filho, Gustavo Nascimento, e as denúncias de corrupção que levaram à saída dele do Ministério dos Transportes.O atraso na construção de portos no interior do Amazonas foi uma das principais chagas na campanha eleitoral de Nascimento e que o levaram a uma derrota histórica para Omar Aziz (PMN), que havia recebido baixa votação em Manaus dois anos antes. Alguns portos - como o de Humaitá - desabaram (literalmente) em plena campanha.
A tarefa de fiscalização foi dada pelo Dnit à Companhia Docas do Maranhão (Codomar). Porém, relatório da Controladoria Geral da União (CGU) já apontava em 2010 que esta era uma atividade de risco, já que a Codomar é um órgão sucateado. Segundo O Globo, o Dnit pagou R$ 44 milhões por essas obras, dos quais R$ 33,6 milhões foram destinados a Estaleiro do Rio Amazonas (Eram), classificada como inidônea pelo próprio Dnit.
De acordo com o relatório de auditoria, a falta de capacidade técnica da Codomar representa um dos maiores riscos nas obras de portos fluviais no país. Ainda segundo O Globo, o Dnit não se pronunciou sobre a fiscalização das obras no Amazonas.
Problemas
Só no ano passado deram problemas os portos fluviais de Humaitá - que desabou em plena campanha eleitoral - e Itacoatiara. Este ano, foi a vez do porto de Manacapuru. Antes, o porto de Parintins foi para o fundo durante cheia do rio Amazonas.
(A Crítica Digital)
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