João foi escoltado por militares do COE. Foto: Divulgação |
Numa operação rápida executada por homens do Centro de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, o ex-vereador João Nascimento Pontes chegou a ser encaminhado a Manaus no sábado (25), mas porém, uma pane em uma das turbinas da aeronave em pleno ar fez com que os pilotos a retornassem a Parintins.
A ação de remoção de João Pontes foi realizada em sigilo no alvoroço do festival para não despertar a atenção da imprensa ou pessoas ligadas ao ex-vereador que anteriormente haviam manifestado o interesse em realizar na cidade um movimento pedindo que Pontes cumprisse a pena de 19 anos em Parintins, sem precisar ser encaminhado para o presídio Anísio Jobim em Manaus.
Segundo o advogado Evander Elias de Queiroz, o seu cliente teria passado mal ao saber da sua remoção relâmpago para a capital do Estado. O defensor adiantou que uma pessoa da empresa aérea lhe informou ter ocorrido uma pane na aeronave, mas não disse onde.
No seu retorno ao quartel do 11º Batalhão de Polícia Militar, o ex-vereador chegou no camburão da viatura 22-1710, sendo levado direto para um anexo ao lado do batalhão e não pôde conversar com a imprensa, até mesmo pelo impedimento dos policiais militares do COE.
João parecia que estava chorando com as mãos sobre o ouvido. A mãe do ex-vereador acompanhada de outros familiares informaram que não tiveram nenhuma informação sobre a transferência de João para Manaus e esteve no batalhão para buscar informações sobre a possível remoção de Pontes ainda nos próximos dias.
O comandante do 11º BPM, tenente-coronel Fábio Pacheco informou que recebeu um mandado da Justiça e da Sejus para encaminhar pontes a Manaus. “Sou solidário a família, mas temos que cumprir a determinação judicial”, disse.
A transferência de João Pontes para Manaus foi autorizada no dia 13 de maio pelo Juiz de Direito da Vara de Execuções Penais (AVEP), Antonio Carlos Marinho Bezerra Júnior.
A solicitação foi feita pela Juíza de Direito Melissa Sanches Silva da Rosa, da 2ª Vara de Justiça de Parintins atendendo um pedido feito através de ofício pelo diretor da Unidade Prisional de Parintins, Beto Medeiros, argumentando que o local não teria condições de abrigar presos com penas altas e sua integridade física e pessoal estaria sendo colocada em risco por ser irmão de um dos vereadores que pediu a cassação do ex-parlamentar.
No documento endereçado a juíza, Beto também expôs que embora preso, João Pontes continua sendo influente na cidade, o qual poderia influenciar junto aos outros presos uma possível fuga.
O advogado de João Pontes, Evander Elias de Queiroz, informou que o Juízo da 2ª Vara de Justiça de Parintins deve ter adotado critérios para manter em segurança a integridade de seu cliente ao solicitar o seu encaminhamento para Manaus.
Da Redação
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