quarta-feira, 25 de maio de 2011

Amazonino sabe o que diz de Braga. Foi seu professor

O prefeito Amazonino Mendes (PTB), três vezes governador do Amazonas, senador que mal esquentou a cadeira, prefeito nomeado  e depois eleito pelas urnas (1992), diz agora que o senador Eduardo Braga (PMDB) inaugurou, no Amazonas, essa praga que é o superfaturamento de obras. Mas Amazonino, que hoje pinta o ex-governador Eduardo Braga (2003-2006/2007-2010) como um administrador que não sabe planejar, mas sabe desviar recursos e fazer superfaturamento de obras, é o mesmo que o elegeu como sucessor, em 2002. Braga vinha de duas derrotas eleitorais, depois que resolveu debandar do grupo comandado por Amazonino, em 1997, e se aninhou na oposição, embora sob o olhar desconfiado dos mais radicais. Mas acabou aceito pela maioria detentora de mais prestígio.


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Na eleição de 1996, Braga, até então prefeito, ajudou a eleger Alfredo Nascimento, de quem se afastou logo depois. Insatisfeito com Amazonino, seu criador político e então governador, Braga, já integrado a partidos como o PSB de Serafim Corrêa e o PCdoB de Eron Bezerra e Vanessa Grazziotin,fez seu primeiro teste nas urnas, como oposição, mas perdeu: Amazonino foi reeleito(1998). Braga persistiu na oposição e em 2000 enfrentou Alfredo Nascimento. Novamente foi derrotado: Alfredo ganhou mais um mandato, com toda a força da máquina admistrativa municipal e estadual. Máquina que não estava mais ao alcance de Braga e ele sentiu o golpe.Começou a se cansar de perder, logo ele que vinha de seguidas vitórias como parlamentar (vereador, deputado estadual e federal).  

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A reviravolta veio em 2002, quando Amazonino, no segunda mandato consecutivo, não podia mais concorrer à reeleição. A oposição confiava em Braga como o melhor nome para, enfim, mandar para casa o grupo político que há 20 anos estava no poder, como se dizia na época. Mas eis que um dia, depois de rumores e muitos desmentidos, Amazonino anunciou que o seu candidato era ele mesmo, Braga. Desgosto geral na oposição, PcdoB e PSB se afastaram, mas o destino de Braga estava selado: virou governador. Em 2006, de novo Braga disputa a reeleição e derrota Amazonino, que estava sem mandato. Como manda a tradição, os dois gastaram todo o estoque de ataques um contra o outro, tal como está acontecendo hoje.

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Amazonino nem mesmo é crativo nos ataques ao seu filho político. Repete expressões “batidas”, que ele julga produzir efeito devastador, mas tudo o que fala sobre Braga vale para ele mesmo. Afinal, Braga é sua criação política.E, se para ele Braga representa o mal, é ele o criador desse mal. Só que não faz tanto tempo assim Amazonino cobria o então jovem Braga de elogios. Quando, em 1993, Braga prefeito e Amazonino governador, toda Manaus foi entupida de propaganda sobre uma tal ação conjunta, cantada em prosa e verso. Enormes outdoors espalhados pela cidade mostravam os dois políticos abraçados, sorriso largo, em perfeita harmonia. Alguém menos avisado poderia pensar que os homens naquelas fotografias ampliadas o suficiente pra ser vistas de longe, eram pai e filho. Parecia mesmo.   

A falta que Arthur faz


Correligionário do ex-senador Arthur Neto, o verador Leonel Feitoza (PSDB), não perdeu a oportunidade, ontem, na Câmara Municipal de Manaus (CMM) para levantar a bola do tucano no debate sobre a MP 534. Feitoza disse “Eu cansei de ver o ex-senador Artur Virgílio parando o Congresso Nacional, trancando pauta quando existia alguma ameaça a ZFM e não vi a mesma coisa agora, nenhum pronunciamento, à exceção do deputado federal Pauderney Avelino (DEM)”. O que será que a bancada amazonense fazia que perdeu a hora? Mistério...

Tudo certo

Para o deputado Marcelo Ramos (PSB) a MP 534 não tem nenhum problema quanto a constitucionalidade. O problema, segundo Ramos, é que a bancada amazonense no Congresso Nacional foi omissa. Simples assim. Bem, se não recordam, desde quando a presidente Dilma voltou da China e anunciou investimentos de US$ 12 bilhões, o jogo já estava posto, logo, Marcelo Ramos tem todo razão.

Se gostou, não disse

O deputado Adjuto Afonso (PP) reclamou, ontem, lá pelas quase 14h, de que só a partir daquele momento iria começar o grande expediente. Diz eLE: “Depois da explanação sobre oito anos de atividades da Amazonastur, presidida por Oreni Braga, começamos o grande expediente.” Pelo visto, não gostou muito do que ouviu, se ouviu.

Contraditório

Já o deputado Luiz Castro (PPS) parece que não entendeu bem o convite feito à presidente da Amazonastur, Oreni Braga. O que o presidente da Comissão de Turismo e Empreendedorismo, deputado Francisco Souza (PSC), queria mesmo era ouvir as realizações da gestão de Oreni, ora pois. Mesmo assim, Castro já propês audiência pública para debater a política de turismo estadual. Ele quer ouvir, também o pessoal do ramo, o trading e outros interessados no tema.

Peixe fresquinho


Projeto do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, de Uarini, foi selecionado pelo Ministério do Turismo para exposição no Festival de Turismo de Cataratas e Iguaçu. Os projetos selecionados terão um estande de exposição na II Mostra de Turismo Sustentável, evento que integra a programação do festival. O Amazonas está entre os dez Estados que foram selecionados. Ao todo são 18 projetos aprovados para a mostra de turismo sustentável. Se Oreni Braga não falou, ontem, sobre isso, perdeu a vez de vender seu peixe fresquinho.

Grana para os vereadores


O Executivo municipal alterou o valor do repasse a ser feito à Câmara Municipal de Manaus (CMM) neste exercício. O valor previsto era de R$ 78,526 milhões e, com os novos cálculos feitos pela prefeitura com base na arrecadação de 2010, houve um acréscimo R$ 1,710 milhão. O total ser repassado em 2011 é R$ 80,236 milhões.

É muita criança


A prefeitura de Manaus fechou contrato de compra com a Nestlé para adquirir fórmulas infantis em pó para lactentes de zero a seis meses e de segmento em pó, incluindo sistema de controle e distribuição, cartões magnéticos e sacolas, para atender do Programa de Nutrição Infantil “O Leite da Criança”. O valor a ser pago pelo município é de R$ 23,26 milhões. Será que os pais não compram mais leite em Manaus e as mães não amamentam? Com esse volume de leite/alimento em pó o contribuinte é quem cria a filharada toda.

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