segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fábrica de cimento em Parintins espera por energia

segunda-feira - 30/05/2011 04:16:59

“O projeto da fábrica de cimento em Parintins morre se não tiver energia”. O alerta sobre a necessidade de infra-estrutura energética para o desenvolvimento da região é do secretário de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos, Daniel Nava, na sexta-feira , ao apresentar o projeto de implantação de uma segunda fábrica de cimento no Amazonas, desta vez em Parintins pelo grupo Sanave. O investimento é de R$ 400 milhões e a previsão é que planta entre em operação - se tudo der certo - em dezembro de 2013.
Para viabilizar a fábrica de cimento e a integração de energia aos projetos de mineração que querem se implantar na região do médio e baixo Amazonas, o governo do Estado trabalha numa “agenda positiva” com o Pará para justificar um investimento de criar dois novos “linhões”, braços a partir da linha principal de Tucuruí. Eles atenderiam à fábrica de cimento de Parintins - com calcário que será explorado em Nhamundá - e os negócios da Alcoa, em Juruti (PA), que produz bauxita e quer ampliar sua atuação com a transformação do alumínio em alumina, além de outros projetos de mineração.
De acordo com Nava, o projeto em execução do linhão de Tucuruí passa pela margem esquerda do rio Amazonas e para a instalação da fábrica de cimento precisa passar pela margem direita, próximo à Vila Amazônia, em Parintins. Para atender à fábrica de cimento, o linhão sairia de Oriximiná, passando por Juruti (PA), atendendo a Alcoa, na margem direita e seguindo pela mesma margem rumo a Parintins. Esse linhão seguiria e atenderia também Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, indo até Urucurituba e se juntaria com uma nova proposta de linhão que sai de Silves - onde há um rebaixamento do linhão de Tucuruí - passando por Urucurituba atendendo Nova Olinda do Norte, Itacoatiara, Autazes e Borba para atender os dois projetos de silvinita e potássio em desenvolvimento na região: um da Petrobras, em Nova Olinda do Norte e Itacoatiara, e outro em Autazes, da Empresa Potássio do Brasil.
“As discussões estão avançadas e temos sinalização positiva do diretor da Petrobras, Adhemar Palócci”, disse Nava.

Estudos

Agora serão realizados estudos pela Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), que garantirão ao governo federal, do Amazonas e Pará a possibilidade de agenda comum em minas e energia.
Dependo da carga energética do linhão (138, 230 e 500 kv) para atender os projetos, as linhas serão licitadas pela Petrobras ou “tocadas” pela Eletrobras Amazonas Energia. Também há sinalização positiva do Ministério das Minas e Energia.
Segundo Navas, o projeto vai atender uma população de 294,4 milhões de habitantes de oito municípios do Amazonas. Ele terá 682,6 km de extensão e um investimento entre R$ 750 milhões e R$ 1 bi, que se pagará em quatro anos, além do benefício ambiental. “Só o custo do diesel que hoje é consumido nas termelétricas desses municípios é de R$ 234 milhoes por ano”

Nenhum comentário:

Postar um comentário