quinta-feira, 26 de maio de 2011

Festa contida no Vasco

Desembarque do Vasco no Rio. Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo
A imagem dos jogadores do Vasco comemorando com a torcida a classificação à final da Copa do Brasil, na Ressacada, é bastante representativa. Assim como a do Aeroporto Internacional Tom Jobim
com alguns poucos torcedores que foram receber o time na manhã de quinta-feira após a vitória sobre o Avaí. Alegria sim, mas sem euforia. A expectativa pela conquista de um título que não vem desde 2003 é grande, mas nada capaz de tirar os pés do chão de ninguém.
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A felicidade da torcida se explica. A última vez que viu o time na decisão de um título de Primeira Divisão foi justamente na Copa do Brasil contra o Flamengo, em 2006. A dos jogadores também. Se não possuem ligação tão forte com o clube como os torcedores, conseguiram reerguer a equipe após seu pior início de ano da história. Justificada a comemoração de ambos. Assim com a festa contida. Torcedores e jogadores enfatizam: ainda falta o Coritiba, adversário da final nas duas próximas quartas-feiras.
- Não ganhamos nada ainda. Vão ser dois jogos difíceis na final da Copa do Brasil. A comemoração no fim foi um desabafo por ter conseguido passar de fase. Teremos um jogo difícil contra o Coritiba. São duas equipes fortes - disse Diego Souza, melhor em campo, na última quarta-feira, resumindo o pensamento de todos.
A comemorar antecipadamente talvez o fato de a decisão ser fora de casa. Nesta quinta, a CBF sorteou o mando de campo e o primeiro jogo será em São Januário, dia 1. A volta será dia 8, no Couto Pereira. Os últimos jogos do time mostram que longe de seus domínios o Vasco tem encontrado seu melhor futebol. Assim foi nos 3 a 0 sobre o Náutico, no empate em 2 a 2 com o Atlético-PR e nos 2 a 0 contra o Avaí.
- O time está jogando bem principalmente fora de casa. Temos que fazer isso em casa também, a torcida tem que confiar na gente - disse Éder Luís
Vasco x Coritiba em dose tripla
Mas o Vasco reconhece que o Coritiba não é um time qualquer. Renascido após o rebaixamento em 2009, a equipe paranaense bateu recorde no início do ano. Se hoje os cariocas ostentam a maior série invicta do país com 18 partidas sem perder, o adversário chegou a 24 vitórias seguidas. Agora, os dois clubes vão medir forças numa espécie de "Barcelona x Real Madrid", guardadas as devidas proporções, que fizeram uma série de confrontos seguidos em competições diferentes. Além das finais da Copa do Brasil, nos dias 1 e 8 de junho, as equipes se enfrentam dia 5 pelo Brasileiro, no Couto Pereira.
- Chegar na final e perder não vale de nada, a torcida sabe disso. É preciso estar com esse pensamento. A invencibilidade (de 18 jogos) é boa, mas também não adianta de nada caso a gente não ganhe a decisão - alertou o goleiro Fernando Prass.
Ramon e Éder farão exames
Se a maioria dos jogadores festejou a vaga na final pelo presente do time, um espera repetir o passado. O meia Felipe, campeão da Libertadores de 98, vislumbra a possibilidade de voltar à competição sul-americana.
- Disputar a Libertadores novamente seria fantástico, já tive a oportunidade de ganhar uma. Disputar de novo com o Juninho seria muito bom - afirmou o meia, que estava ao lado de Juninho na conquista.
A alegria no desembarque, no entanto, não escondeu o desgaste do time. Os rostos cansados no aeroporto são pistas certas de que o técnico Ricardo Gomes vai poupar a maioria dos jogadores no domingo contra o América-MG, em São Januário, pela segunda rodada do Brasileiro. Dois são certos: Ramon e Éder Luís. O lateral-esquerdo saiu de campo com dores no músculo posterior da coxa esquerda. O atacante também deixou o jogo com dores na virilha esquerda. Ambos estão em tratamento desde quarta-feira e farão exame de imagem nesta sexta-feira para verificar a gravidade das lesões.

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