quinta-feira, 26 de maio de 2011

Promotor chama de briga de menino problemas que afetam Hospital J. Cohen









O promotor André Seffair conceituou de “briga de menino” os problemas que afetam o Hospital Regional Jofre Cohen. Segundo ele, os problemas decorrem principalmente da falta de comunicação entre os administradores da saúde daquele hospital. Nos últimos meses, inúmeras foram as reclamações e denúncias de mau atendimento, falta de medicamentos ou precariedade nas instalações do hospital e de todo o sistema de saúde de Parintins. Faltam médicos, remédios, e exames e consultas geralmente marcados com vários dias de atraso.

Na administração do Hospital Jofre Cohen está o médico Osvaldo ferreira, contratado pelo governo do Estado, e no gerenciamento dos recursos que mantêm o hospital, está o Secretário de Saúde Josimar Marinho, pela prefeitura. Mas algumas acusações trocadas por ambos geraram um mal estar para quem precisa do atendimento médico. Os dois já foram convocados na Câmara para esclarecimentos e alguns processos investigados estão no Ministério Público. Segundo o promotor André Seffair a responsabilidade da gestão do hospital é conjunta, logo, se está havendo má qualidade no serviço prestado, quem deve responder são os dois, Estado e Município. Para ele, é preciso no mínimo haver comunicação entre aqueles que administram o hospital para haver qualidade no serviço. “Enquanto tiver essa briga velada não haverá qualidade no atendimento à população. Não há como melhorar se essa briga de menino continuar, a política e o ego têm que ser deixados de lado”, comentou o promotor.

Diretor nega politicagem

Questionado se a política interferia na gestão do hospital e na qualidade de atendimento, o médico diz que sua política era de saúde e que lamenta que a situação seja vista dessa forma. “A questão aqui é técnica e não política; tá faltando aplicação de recursos. Nós temos que ter consciência que esse recurso é público e tem que ser aplicado. Como é uma questão técnica não poderia deixar de passar pela Câmara sem ter uma conotação política, mas não é isso”, comentou.

Atualmente a Secretaria Municipal de Saúde recebe R$620 mil por mês para gerenciar os trabalhos de média complexidade em Parintins, como é o caso dos hospitais. Até março eram 12 médicos na emergência, hoje são oito. Como a demanda não teve uma queda expressiva, o trabalho ficou sobrecarregado, o que refletiu na falta de qualidade no atendimento, explicou o médico Osvaldo ferreira, diretor do hospital. Ele também informou que os recursos “parece que agora estão sendo aplicados”.

O Secretário de Saúde Josimar Marinho não foi encontrado para comentar sobre o assunto. Segundo a secretaria municipal de saúde ele está viajando e retorna nesta sexta-feira, 27, a Parintins. Na quinta-feira da semana passada alguns vereadores estiveram nas dependências do Hospital Jofre Cohen, onde conversaram com médicos, enfermeiros, serviços gerais e pacientes. O presidente Juscelino Manso pediu intervenção imediata no hospital pela Secretaria de Estado da Saúde.

Emiliana Monteiro / Sistema Alvorada

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