O deputado Tony Medeiros (PSL) concedeu, na manhã de quarta-feira (25/05), uma sessão de tempo a vários músicos do sindicato da categoria para discutirem o projeto de lei que desobriga os músicos do Amazonas a não serem forçados a apresentar suas carteiras de trabalho quando estiverem cantando para o público. Vários músicos que se manifestaram na tribuna, entre eles Lucilene Castro, Zezinho Correa e Helen Mendonça, não é necessário que o músico apresente sua CTP para comprovar que tem talento. Por isso, o deputado Tony Medeiros quer que o trabalho dos músicos amazonenses seja reconhecido, acabando de vez, com “essa tirania” que é a obrigação de mostrar a carteira de tralho para poderem se apresentar.
Na avaliação do músico Manuel Passos, o único lugar do Brasil onde é obrigatória a apresentação da CTP é no Amazonas. O cantor Zezinho Correa, vice-presidente do Sindicato dos Músicos do Amazonas, confirmou e disse que já se apresentou em vários países do mundo e nunca pediram sua carteira de trabalho. “Para minha surpresa e dor no coração, aqui em Manaus pediram minha carteira senão eu não poderia subir ao palco”, afirmou ele.
Tony Medeiros se solidarizou aos músicos, afirmando ser errado exigir a carteira de trabalho para as pessoas que vão se apresentar em um palco, porque a platéia exige que ela tenha talento e se apresente com calma. “Ora, quando é exigida do músico a apresentação de sua carteira, ele perde a calma e a concentração. Por que, então, manter essa postura?”, questionou Tony.
Lucilene Castro, por exemplo, afirmou que seu talento independe da apresentação de carteira de trabalho. “Quando você tem talento e competência não existe nenhuma carteira no mundo que lhe ensine mais alguma coisa”, disparou ela, ao exigir que essa prática abusiva seja extirpada do Amazonas. “Como é que a Ordem dos Músicos constrange pessoas do nível de Márcia Siqueira simplesmente porque ela não portava sua carteira de trabalho?”, perguntou Lucilene.
Ela disse que não sabe de onde vêm esses fiscais colocados pela Ordem dos Músicos, uma vez que esse pessoal se veste de negro e não fez concurso público. “É de livre convocação e contratação da direção da ordem, quando deveria fazer concurso público como qualquer funcionário público”, disse ela.
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