terça-feira, 17 de maio de 2011

Em apenas três anos, 28 gays foram assassinados no Amazonas

Grupos que representam os homossexuais pediram, nesta segunda-feira(16/05), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), que o combate à homofobia seja intensificado na cidade. Eles afirmam que o preconceito da sociedade ainda é grande contra os membros deste segmento, inclusive, dentro da família.

Em 2011,  já foram registrados quatro assassinatos de homossexuais, elevando para 28 o número de homossexuais mortos desde 2008. Os dados foram apresentados na audiência pública, de autoria da vereadora Lucia Antony (PCdoB), que debateu o combate à homofobia em Manaus. “Procuramos evitar esses crimes com o apoio da Sejus (Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos), e trabalhando em cada homossexual, antes de tudo, a própria aceitação”, disse Francisco Nery, da Associação da Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros).

A vereadora Lucia Antony afirmou que o Legislativo Municipal é uma representação do povo que precisa debater a discriminação contra os homossexuais para garantir os direitos da pessoa humana e uma sociedade fraterna. “As pessoas precisam ser respeitadas. É preciso combater o preconceito e a discriminação que ainda existe na sociedade. Não podemos aceitar uma sociedade preconceituosa que discrimina em função da orientação sexual”, salientou.

A diretora do Departamento de Direitos Humanos da Sejus (DEDH), Mchelle Custódio, disse que o órgão tem trabalhado junto as secretarias municipais no sentido de criar programas de inclusão social para os homossexuais. A Sejus tem trabalhado também para orientar os homossexuais sobre as doenças sexualmente transmitidas, além de mapear os municípios coletando dados sobre as agressões físicas e verbais que os homossexuais sofrem em todo o estado. “Trabalhamos a sociedade para aceitar esse grupo sem preconceito. Ninguém nasceu com preconceito. O preconceito é que nasceu na sociedade”, declarou Michelle.

Participaram do evento representantes das secretarias municipais e estaduais de Educação e Saúde, da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado  (ALE), o secretário de Estado do Esporte, Júlio César Soares, e vereadores da CMM. Além dos grupos LGBT, marcaram presenças representantes dos movimentos de mulheres, sindicalistas e lideranças das religiões de matriz africana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário