Dia 1º de abril de 2006. Não, não se tratava de uma mentira, mas de uma realidade que contou com a participação de autoridades e de uma população orgulhosa com seu novo porto, construído em porte de cidade grande, em uma cidade em ascensão.
Três anos mais tarde o sonho se afogou diante da grande cheia de 2009. O porto mostrou sua deficiência de engenharia. A falta de humildade de seus construtores os impediram de ouvir as intervenções e as experiências dos estivadores, carregadores e outros trabalhadores que labutaram a vida toda à margem do rio Amazonas, tirando dali os seus sustentos, e conhece como ninguém o regime das águas.
Na verdade, após sua inauguração, naquele 1º de abril, o Porto nunca funcionou a contento, sempre tendo restrições e impedimentos de sua plena atividade, inviabilizando o atracamento de grandes navios e de cruzeiros.
Iniciada sua adequação e reforma, o Parintinense voltou a acreditar no sonho de com a máxima brevidade ter seu porto funcionando. Mais de seis meses já se passaram e até a presente data, nada de o mesmo ser reaberto. O 2º Grupamento de Engenharia do Exército Brasileiro foi o responsável pela obra de reforma e readequação, mas cabe ao Ministério dos Transportes fazer a entrega da obra, que segundo os mais experientes, que novamente não foram devidamente ouvidas, continua apresentando problemas de ordem estruturais.
Já chegamos em junho, o Festival folclórico bate às portas. Aumenta o fluxo de passageiros e mercadorias que embarcam e desembarcam em portos improvisados, expondo a risco seus usuários.
Coincidência ou não, o 1º de abril de 2006, para sempre ficará na memória daqueles que assistiram ao início de uma novela que parece não ter fim.
(Massilon Medeiros/JI)
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